Você já deve ter escutado o termo Disfunção do Nó Sinusal ou Síndrome da Doença do Nó Sinusal, não é? Mas se está se perguntando o que é isso, fique tranquilo(a) porque nós iremos te explicar!
A disfunção do nó sinusal (ou nódulo sinusal) é quando diversas condições acarretam frequências atriais fisiologicamente inapropriadas, ou seja, quando há uma anormalidade no marca-passo natural do coração, causando uma redução na frequência cardíaca.
Essa cardiopatia pode causar batimentos cardíacos persistentemente lentos ou na interrupção total da atividade normal do marca-passo do coração, resultado em uma parada sinusal. Quando essa atividade para, outra zona do coração, o foco ectópico de escape, se encarrega de realizar a função do nódulo sinusal, podendo estar abaixo no átrio, no nódulo atrioventricular, no sistema de condução ou no próprio ventrículo.
A disfunção do nódulo sinusal é mais frequente em idosos, especialmente se já possuírem outras cardiopatias ou diabetes. O motivo mais comum pode ser a formação de um tecido cicatricial no nódulo, porém, também pode ocorrer devido ao uso de medicamentos e hipotireoidismo.
Sintomas e Diagnóstico
Muitos tipos dessa cardiopatia são assintomáticos, no entanto, se a frequência cardíaca for persistentemente lenta pode provocar fraqueza e cansaço e, se for muito lenta, desmaios. No caso de a frequência ser acelerada e for interrompida, o nódulo sinusal pode demorar para restaurar o ritmo cardíaco normal e também provocar desmaios.
É importante ressaltar que, em alguns casos, sua causa também é desconhecida, surgindo a Síndrome do Nódulo Sinusal, que tem como um subtipo a síndrome taquicardia-bradicardia, onde períodos de ritmos cardíacos lentos e arritmias atriais rápidas (como flutter atrial e fibrilação atrial – tema já abordado em nosso blog) se alternam.
O diagnóstico da disfunção do nódulo sinusal é feito por eletrocardiograma (ECG), principalmente se o ritmo cardíaco for acompanhado por 24 horas, com um monitor Holter. São considerados indicativos o pulso lento e irregular, pulso que oscila demasiadamente e sem que o paciente altere suas atividades ou o pulso que não acelera durante atividade física.
Para o tratamento deste tipo de cardiopatia é indicado o implante de um marca-passo artificial, que tem como objetivo acelerar a frequência cardíaca. E no caso de o paciente já ter essa frequência acelerada, pode ser necessário o uso de medicamentos.
Fonte: Manual MSD para Profissionais da Saúde e para Família.