Você já ouviu falar em Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamentos Profissional? Como o próprio nome já diz, é um distúrbio emocional que apresenta a exaustão extrema, o estresse e o esgotamento físico e mental como sintomas. Sua principal causa é o excesso de trabalho, situação comum para profissionais que possuem um rotina sob pressão e com muitas responsabilidades, como médicos, enfermeiros, jornalistas, policiais e outros.
A síndrome, que também pode surgir em situações em que o profissional é pautado para executar um trabalho difícil ou por achar que não possui capacidade para cumprir a tarefa, pode resultar em um quadro de depressão profunda se não for tratado logo nos seus primeiros sinais, como estresse e falta de sair da cama ou de casa de maneira constante.
Outro sintomas da Síndrome de Burnout são: cansaço excessivo (físico e mental, alterações no apetite, insônia, dor de cabeça frequente, negatividade constante, sentimentos de fracasso, insegurança, derrota, desesperança e incompetência, isolamento, alterações repentinas de humor, fadiga, dores, musculares, problemas gastrointestinais, pressão alta e alteração nos batimentos cardíacos.
Muitos sintomas, né? Mas é neste último que queremos chamar a atenção: alteração nos batimentos cardíacos. Assim como a pressão alta, outra cardiopatia causada pela Síndrome de Burnout poderia afetar a saúde do seu coração, com o surgimento da Fibrilação Atrial (FA).
Um estudo conduzido por instituições americanas, publicado do periódico científico da Sociedade Europeia de Cardiologia, acompanhou mais de 10 mil pessoas por aproximadamente 25 anos, onde foram examinados os níveis de exaustão, estresse e apoio social, além do consumo de antidepressivos e condições cardiovasculares. Ao final, depois de analisar os resultados e descartar diversos motivos que poderiam causar FA, 19,4% das pessoas desenvolveram a cardiopatia e constatou-se que a Síndrome de Burnout elevou em 20% a probabilidade do ritmo cardíaco ser alterado.
Desse modo, é indicado que sempre esteja atento aos sinais deste distúrbio, tanto em seus pacientes quanto em colegas de trabalhos ou até mesmo em você, procurando maneiras de diminuir a pressão e o estresse da rotina do trabalho. E, caso surjam os sintomas, procure uma ajuda profissional.
Fonte: Saúde de A a Z, do Ministério da Saúde e Portal Saúde, da Abril.